sábado, 11 de julho de 2015

Canguilhem



Dentro de um ponto de vista semelhante, seguindo os ensinamentos de Canguilhem (1995), a “saúde é uma margem de tolerância às infidelidades do meio” (p.159). Como o meio social comporta acontecimentos e instituições precárias, esta infidelidade é exatamente sua história, seu devir. Assim, a saúde poderia se caracterizar por ser a possibilidade de agir e reagir, de adoecer e se recuperar.
A doença, ao contrário, consistiria na “redução da margem de tolerância às infidelidades do meio” (p.160). Contudo, “a doença não é uma variação da dimensão de saúde; ela é uma nova dimensão de vida. [...] A doença é ao mesmo tempo privação e reformulação” (p.149).

Rev. Bras. Cienc. Esporte, v. 22, n. 2, p. 23-39, jan. 2001

Um comentário:

  1. A saúde e a doença se apresentam em queda-de-braços. Para que uma se estabeleça a outra se sucumbirá. E continuarão essa batalha de tensionamentos.
    Isso me faz remeter à educação, onde parece existir saúde e doença sempre batalhando. Para cada vacina encontrada, mutações genéticas das doenças se apresentam, tentando escapar e nos desafiando a continuar procurando a cura.

    ResponderExcluir