Dentro de um ponto de vista
semelhante, seguindo os ensinamentos de Canguilhem (1995), a “saúde
é uma margem de tolerância às infidelidades do meio” (p.159).
Como o meio social comporta acontecimentos e instituições precárias, esta
infidelidade é exatamente sua história, seu devir. Assim, a saúde poderia se
caracterizar por ser a possibilidade de agir e reagir, de adoecer e se
recuperar.
A doença, ao contrário, consistiria
na “redução da margem de tolerância
às infidelidades do meio” (p.160). Contudo, “a doença não é uma variação da
dimensão de saúde; ela é uma nova dimensão de vida. [...] A doença é ao mesmo
tempo privação e reformulação” (p.149).
Rev. Bras. Cienc. Esporte, v. 22, n.
2, p. 23-39, jan. 2001
A saúde e a doença se apresentam em queda-de-braços. Para que uma se estabeleça a outra se sucumbirá. E continuarão essa batalha de tensionamentos.
ResponderExcluirIsso me faz remeter à educação, onde parece existir saúde e doença sempre batalhando. Para cada vacina encontrada, mutações genéticas das doenças se apresentam, tentando escapar e nos desafiando a continuar procurando a cura.